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u como representante genuíno da
imprensa imparcial, no momento assumindo ainda uma neutralidade diante das
escolhas que teremos que fazer em 02 de outubro, pude constatar quatro momentos
significativos para história política do nosso município, que precisa acreditar
num futuro menos desastroso que o atual.
Não quero fazer julgamento de
ninguém, porque assim como me considero livre para escrever, me considero livre
para escolher em quem votar. E digo de verdade, está muito difícil quando nos
deparamos com um quadro aterrador e com faltas de opções que nos conduzam a uma
tranquilidade na hora de escolher quem vai governar a nossa terra nos próximos
quatros anos. Não somente pelas opções, mas pelas alianças que já se configuram
numa mesmice que há décadas colocam as mesmas pessoas no comando da prefeitura.
Estive participando e ouvindo
atentamente os pronunciamentos dos políticos que usaram a mesma retórica
superada e não muito atrativa na Agenda
15, encontro que inaugurou o QG do Partido do Movimento Democrático
Brasileiro – PMDB. Mas mesmo assim fui lá por acreditar que alguma coisa me
encantaria ainda na política (partidária). É preciso ainda soltar as amarras do
cordão umbilical que prendeu boa parte dos seus representantes a atual gestão,
para que a população passe a acreditar que não é mais uma forma disfarçada da
mesmice politiqueira.
Também fui ver de perto os
discursos inflamados dos mesmos políticos inveterados da Agenda 17, que sempre assistia atentamente e me dava aquela
sensação maravilhosa de que aquelas eloquências mudaria a vida de todos nós
sertanejos. Também não saí de lá com a sensação de que Araripina vai mudar e
fico pensativo como muitos que tiraram um tempinho para ler o meu desabafo, o
quanto estamos órfãos de bons políticos. Nem todos óbvios. Porque certamente
alguém irá discordar de mim, espero que usando o bom senso e entendendo como é
digna e bela a palavra “democracia”. Lá como em outros lugares, as caras
diversificadas e que sempre confiaram nos serviços públicos como imã, também
marcaram presença e já se sentiam à vontade na nova casa. Eu também fiquei um
pouco deslocado num ambiente que sempre me senti confortável.
Fui flertar com a Plenária 11
para ver se realmente acontecia um amor à primeira vista. Outra desilusão. Nada
de diferente quando se imagina que apenas proposta vagas, ideias de renovação
sem fundamento, ainda precisam de “sustância” para que todos nós, não só uns
gatos pingados, acreditemos que o povo não será apenas capacho de uma
aglomeração substancial para favorecer uma minoria de políticos. Faltou mais
originalidade, mais decisão e determinação, para provar que ali sim seria o
palanque da mudança e da renovação. Ledo engano.
Recentemente fui prestigiar
(meio deslocado) o evento que marcou o Ato de Posse do Diretório Municipal do
Solidariedade, que também poderia ter sido chamado de Agenda 77, mas estava
parecendo a Agenda 40. Fiquei além de ouvir dois deputados com a mesma
historinha de carrochinha (fantasias) tentando entender como neste país se cria
tantos partidos e os entregas a quem nem ao menos sabe o que fazer com ele,
senão, apenas para entupir de pessoas ou filiados, que na primeira janela que abrir, pula para outro.
No evento o que pude perceber
literalmente, é o desejo do continuísmo, das mesmas pessoas que há muito tempo vem
fazendo da prefeitura o cabide de empregos, o fisiologismo, o nepotismo. Nada
de diferente nos discursos, além de pré-candidatos fazendo melosas declarações
de humildade, de que ali estaria de verdade o palanque da renovação. As fotos
não mentem meus caros, inventem outra.
Estão aí para o povo de
Araripina escolher, quatro correntes:
15, 17, 11, 77 = 120 = 1+2+0=3. O que quis dizer com isso?
Como faltou um na soma que
simbolicamente representa o que eu diria de um PRENÚNCIO DO ATESTADO DE ÓBITO
DE ARARIPINA, caso esse um venha a ser referendado pela maioria da população
nas eleições de 2016, eu perguntaria? É isso que você deseja para sua terra?
Você está satisfeita com os anos de decadência do serviço público em Araripina
durante esses vintes anos?
Como estamos carentes de
escolhas, fica apenas a dica. E depois não reclamem.
De pior a pior.
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